Entrevista com Regina Monge

Estou devendo entrevistas, mas hoje tenho uma grande novidade. Quem gosta de poesia?? Tem surpresa para voce.
Conheça o Blog do livro; la voce pode comprar o livro, ficar por dentro de todas as novidades, vale apena conferir!
Entrevistei Regina Monge e vou cola para vocês verem.



Qual momento da sua vida você disse “eu quero ser escritora”?

Gostaria de dizer, antes de mais nada, que é um prazer poder conceder essa entrevista e compartilhar um pouco da minha vida com todos os leitores que por aqui passam.
Quando adolescente, entre os 12 e 15 anos, mesmo nascida em uma família simples, com pouco acesso  à cultura, numa época em que a informação não era tão rápida como nos dias de hoje, comecei a escrever algumas poesias e a colecionar frases de grandes pensadores que, de alguma forma, tocavam meu espírito inquieto, desde aquela época.  Mas não imaginava ser escritora, isso veio muitos anos depois, quando tive a ideia desse projeto.

T
udo fui um processo para chegar ao livro, mas não posso dizer que foi um sonho de menina. Ao longo dos anos, surgiu a ideia e foi amadurecendo. Nesse momento posso afirmar que seria um sonho poder dedicar apenas a escrever livros, idéias não faltam (rsrsrsr)

Como surgiu a ideia do livro?
Aqui a história é longa (rsrsrsr)... eu já morava em São Paulo, no ano de 1991 e trabalhava na área de contabilidade, em uma indústria metalúrgica;  era um  ambiente de trabalho gostoso, porém muito tedioso, com  uma rotina de atividades sem  novidades, exceto as mudanças na legislação contábil.
Eu sabia que aquele tipo de trabalho não combinava com a minha personalidade e, num dia de pouco trabalho, decidi escrever um livro. Nos dias seguintes, dei início a esse projeto. Agora vem uma parte que muitos de vocês, leitores, não vivenciaram;  peguei algumas folhas de papel sulfite e comecei a datilografar em uma máquina de escrever manual. Computador, naquela época, ainda era raro em muitas empresas. Tenho essas folhas iniciais guardadas até hoje, já estão amareladas pelo tempo, mas esse foi o começo de tudo. Comecei a digitar as palavras que foram formando as frases e, essas, dando vida à história; quando percebi, já tinha o personagem principal da primeira parte.
Escrevi umas trinta páginas e deixei arquivado por mais de uma década.
Muitas coisas aconteceram em minha vida nesse  período e, em  2002, num dia tranqüilo em casa,  veio o impulso para retomar o projeto e, com ele,  a inspiração para a segunda parte do livro, sem o final ainda definido.
Registrei a ideia principal e arquivei o projeto por mais seis anos. Foi então, em  2008,  que decidi finalizá-lo  e recomecei a escrever. Muitas coisas mudaram, desde os primeiros registros, mas o eixo  principal se manteve intacto,  desde o início. Hoje entendo que não preciso esperar tanto para escrever mas, naquela época, havia outras conquistas para batalhar e tudo aconteceu conforme as minhas escolhas.


Como foi escrever o livro? Quais reais problemas você encontrou?

Esse é meu primeiro e único livro, por enquanto  e, como mencionado anteriormente, o processo foi atípico, pela demora na elaboração.
Confesso não ter conhecimento do processo de criação de outros autores mas o meu é mais ou menos assim. Tenho a inspiração da ideia principal, uma espécie de espinha dorsal.
Quando tive a ideia dessa estrutura, eu não tinha o final para a história e comecei a escrever a primeira parte; ao mesmo tempo dei início à segunda. Conforme vou escrevendo, tenho a sensação de conviver com aqueles personagens, de fazer parte da história deles. E, quando me dei conta, o desfecho surgiu de forma surpreendente, até mesmo para mim. Parece simples, dizendo assim, mas é um processo lento e solitário, e muito gratificante, no final.
O problema maior é encontrar tempo entre o trabalho para conciliar com um projeto pessoal de escrever um livro.


Já tinha enviado algum original a alguma editora?

Desde que finalizei o livro, enviei para várias editoras e sempre recebendo um não como resposta.  Cheguei a receber propostas para publicação sobre demanda, onde o autor assume todos os custos e não tive interesse, por achar que a contrapartida era praticamente zero.
Já pensava em desistir quando surgiu a possibilidade de publicar pela Novo Século Ediora. Em muitos casos como no meu publicar um livro é um grande investimento, e não sabemos se teremos pelo menos o retorno do valor investido.

Realmente não é fácil, principalmente quando não temos alguém que possa indicar você diretamente a um editor, o que em muitos casos abre as portas, pelo menos para que o livro seja lido e avaliado.


Pretende escrever outros livros? Sim, conta um pouco?
Tenho três sinopses prontas que considero bem legais para começar a escrever. O difícil será precisar esse início; como minha atividade principal demanda muito de mim, sobra pouco tempo para a literatura  e ainda estou no processo de divulgação de “A Escolha de Cada Um”. Mas vocês podem esperar por algo bem legal, a única certeza que posso prometer é que não vou demorar tanto para escrever como foi esse primeiro. Talvez eu inicie por um projeto que vai contar a história de uma personagem jovem, que em uma viagem para a Europa e em visita a um determinado ponto turístico, vai começar a sentir reminiscências de uma vida passada, vivida na Idade Média.



Você ainda escreve poesias?

Como minha Agência de Comunicação, a Verts, exige muita dedicação, sobra pouco tempo para produzir Literatura. Tenho algumas poesias, mas o estilo é muito diferente da prosa.

Creio que na poesia sou mais eclética e experimental... vou correr um grande risco, mas a vida é feita de escolhas, não é mesmo?

Vou conceder a você uma de minhas raras poesias escritas no início deste ano; observe como o estilo é completamente diferente.

Aguardo comentários (rsrsrsr)


Dias de Acaso

O caos invade a minha inocência.
Que se divertia no jardim ao lado.
As flores assustadas já não são mais colhidas.
Choram no balanço do meu ser.
Trazem a melancolia.
Faz verter no infinito amargo.
Deixo de ver a beleza dos pássaros.
No amanhecer azedo.
O pranto escorre pelo meu corpo.
Em sofrimento sem rumo.
Toda a magia decanta num jarro de barro deixado à sombra.
Explosões chocam-se entre si.
Restam apenas pedaços de sonhos.
Ondas altas de angústia.
Meus sentimentos foram alterados.
As emoções deslizaram-se num momento sem gosto.
A voz ficou sufocada pelo peso das ofensas marcadas pelo tempo
Delicada lágrima resvala pela tez e mistura-se ao mar.
Derramando tintas que caem sobre a tela.
Em branco da minha vida.
A chuva desliza pela noite obscura.
As águas mudaram de cor.
Já não são mais azuis.
Ficaram cinzas de dor.
Ninguém quer mais brincar com as casinhas de boneca.
Na varanda.
Cada segundo que passa morro.
Lentamente.
Como o uivo de um lobo solitário.
Sementes ocas desabrocham dentro de mim.
Nada restou.
O acaso veio a se perder.
Regina Monge – 2010


Para encerrar, fale um pouco sobre você, sua obra e um “adeus”?
Sou uma geminiana típica, com ascendente em Libra envolta nos mundo da comunicação e dos relacionamentos e sempre envolvida em várias coisas ao mesmo tempo, a curiosidade é a minha companheira do dia a dia.
Adoro a experimentação da mudança, conhecer pessoas, trocar experiências,  novos lugares, novos pratos...., tenho 43 anos e nasci no interior de São Paulo, num dos menores municípios do Estado, a estância turística de Águas de São Pedro. Saí de lá aos 21 anos e vim para São Paulo, onde vivo até hoje.
Sou formada em Comunicação, com especialização em Propaganda e MBA em Marketing e trabalho, desde 1993 com essa atividade. Em 2009, finalizei um curso de extensão sobre História e Linguagem do Cinema, outra paixão, além da literatura e constituí minha própria agência, ainda em formação, e que requer toda a minha atenção neste momento. Para quem quiser visitá-la, o site é www.vertscomunicacao.com.br

Gostaria de encerrar com um pedido: se vocês tiverem a oportunidade de ler a Escolha de Cada Um”, meu filhote primogênito, e gostarem do enredo, das mensagens e personagens, divulguem a seus familiares, amigos, a todos seus contatos na rede. Vamos ver se com essa corrente boca a boca ele possa atingir  o maior número de pessoas e , assim, cumprir sua missão.         
Para quem quiser me escrever, para registrar sua opinião, perguntar algo, sugerir, deixo meu e-mail à disposição: autora_aescolha@terra.com.br e meu twitter; @ReginaMonge.


2 comentários:

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