[Resenha] A Maldição do Tigre

A Maldição do Tigre

Autora: Colleen Houck

Editora: Arqueiro

Páginas: 344

Formato: 16 x 23 cm

Ano: 2011

ISBN: 9788580410266

Resenhista: Cris Sanlim

Leia um trecho!

Sinopse:

Paixão. Destino. Lealdade.

Você arriscaria tudo para salvar seu grande amor?

Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco.

Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele.

O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos, e que ela pode ser a única pessoa capaz de ajudá-lo a quebrar esse feitiço.

Determinada a devolver a Ren sua humanidade, Kelsey embarca em uma perigosa jornada pela Índia, onde enfrenta forças sombrias, criaturas imortais e mundos místicos, tentando decifrar uma antiga profecia. Ao mesmo tempo, se apaixona perdidamente tanto pelo tigre quanto pelo homem.

Comentário:

Assim que vi a capa de A Maldição do Tigre no site da editora, enlouqueci e babei. Eu simplesmente precisava daquele livro e contei os dias para o lançamento. Livro lançando e pedi a editora, porém demorou um pouco a chegar. Arrependo-me amargamente de ter livro esse livro tão rapidamente, deveria ter lido lentamente, adiando o tormento da espera da sequência. Odiei ter lido esse livro pelo simples fato de que estou morrendo de vontade de ter os próximos volumes.

Narrado em 1ª pessoa, conhecemos Kelsey, uma órfã que precisa trabalhar em um circo para poder pagar uma simples universidade. Ela consegue um trabalho em um circo por um período de duas semanas, sendo que sua função é alimentar animais e algumas tarefas a mais. No circo, conhece a principal atração, o tigre branco Dhiren, que vive entediado e parece ter um interesse por ela.

Como eu já sabia que Dhiren era um homem, fiquei menos apreensiva com os progressos de Kelsey com o tigre: com colocar a mão na jaula, acariciar sua cabeça e assim por diante. Vamos e venhamos, tigre são lindos, mas não se deve fazer algo do tipo. Kelsey foi se apegando à Ren, o belo tigre de olhos azuis cobalto, tocada pela tristeza e solidão que ele demostrava. Ela passa a ficar muito tempo com ele e ler poemas e livros. Certo dia aparece o Sr. Kadam, que compra o tigre e quer levá-lo a uma reserva na Índia. Sr. Kadam convida Kelsey a acompanhar o tigre, pensando no bem-estar e adaptação do mesmo. E sim Kelsey viaja a Índia.

Quando a bendita página em que Ren se transformou em homem chegou, aconteceu de ler umas duas a três vezes a cena. Ren me lembrou um pouco Patch, com seu jeito conquistador e atraente. Ele entrou para a lista de personagens que PRECISA ganhar vida e habitar o nosso mundo, pois nosso príncipe é incrível, apaixonante e lindo. Também tem o irmão dele, o Kishan, que não teve muita participação nesse primeiro livro, mas é igualmente interessante.

Cheguei a pensar que Kelsey ia ser muito parecida com a Bella depois que li a entrevista com a autora e ela confessou que começou a escrever depois que terminou de ler Eclipse. Nunca comentei aqui no blog, mas até gostei de crepúsculo, entretanto muitos elementos da saga deixaram a desejar e fez a série perder muitos pontos. Um desses elementos é o jeito de Bella! A personagem que mais me irritou foi ela e Nora, de Hush, hush. Mas, graças a Deus, Kells é um muito diferente de Bella, já que é corajosa, forte e até meio legal.

Ren só pode assumir a forma humana 24 minutos a cada 24 horas. Toda vez que ele devia se transformar em tigre novamente, eu tinha vontade de gritar muito e implorar que ele ficasse alguns minutos a mais. Mas ele pode ficar na forma de homem mais tempo se Kelsey ajudá-lo a quebrar a maldição — ela é a única que pode — e aí temos as cenas de ação e aventura. De todas as resenhas que li, não vi nenhuma criticando as cenas de ação. A cada jornada de Kells e Ren, me sentia em cada cena e meu coração batia fortemente. As melhores cenas do livro são as de Ren como homem e as aventuras. Era como se eu estivesse numa sala de cinema, assistindo o filme do livro 3D. "Ai, meu Deus, eles vão cair!" Tem uma cena que é muito interessante e me lembrou o filme Aeon Flux. Quem assistiu ao filme deve se lembrar da cena da grama assassina, onde a grama do local era repleto de laminas maleáveis que seguiam o movimento da Aeon. Na cena do livro, Ren e Kelsey estão na famosa e lendária cidade dos macacos e os galhos das árvores seguem os movimentos deles, arranhado suas peles e é quase impossível se livrar daquilo.

E, a partir daí, temos maior acesso à história da maldição e como quebrá-la. Uma profecia guia os caminhos deles, uma profecia de Durga. Durga é uma deusa Indiana que tem retração de várias formas, ora 10 braços, ora 8. Todos os braços trazem alguns instrumentos com determinada significância. Onde Durga entra nisso tudo? Segundo a lenda, a deusa é protegida por um tigre ou leão!

Termino esse comentário dizendo que NECESSITO da continuação, que já foi lançado nos EUA o segundo e o terceiro. Ainda irei roer as unhas muito já que está previsto 5 livros na série.

Olhem as capas dos próximos livros que já foram lançados nos EUA, a entrevista da autora e o belíssimo booktrailer do livro .

Julgando o livro:

Capa: 10! Se eu pudesse daria mais, pois fiquei olhando a capa toda hora, já que é hipnótica. Acreditem,  olho a capa até hoje.

Diagramação: 9. No livro temos escrituras antigas da maldição e ficou muito legal, mas não merece 10 no geral.

História: 10. A história é muito legal e fluida. Apesar dessa historia ter base no mito da deusa Durga, a autora usou vários elementos que me deixaram fascinada.

Tempo: 10. Não me perdi nenhuma vez no tempo da história. Collen consegue te deixar antenado aos fatos sem se perder nem uma vez.

Espaço: Eu fui à Índia, comi comida indiada, visitei monumentos indianos e me vesti de forma indiana. Lê-se: nota 10.
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