[Resenha] O Beijo das Sombras

O Beijo das Sombras

Autora: Richelle Mead
Série: Academia de Vampiros
ISBN: 9788520923375
Editora: Nova Fronteira
Página: 319
Ano: 2009
Gênero: Jovem-Adulto, Romance
Nota:★★★★★
Sinopse:
Lissa Dragomir é uma adolescente especial, por várias razões: ela é a princesa de uma família real muito importante na sociedade de vampiros conhecidos como Moroi. Por causa desse status, Lissa atrai a amizade dos alunos Moroi mais populares na escola em que estuda, a São Vladimir. Sua melhor amiga, no entanto, não carrega consigo o mesmo prestígio: meio vampira, meio humana, Rose Hathaway é uma Dampira cuja missão é se tornar uma guardiã e proteger Lissa dos Strigoi - os poderosos vampiros que se corromperam e precisam do sangue Moroi para manter sua imortalidade.
Pressentindo que algo muito ruim vai acontecer com Lissa se continuarem na São Vladimir, Rose decide que elas devem fugir dali e viver escondidas entre os humanos. O risco de um ataque dos Strigoi é maior, mas elas passam dois anos assim, aparentemente a salvo, até finalmente serem capturadas e trazidas de volta pelos guardiões da escola.
Mas isso é só o começo. Em O beijo das sombras, Lissa e Rose retomam não apenas a rotina de estudos na São Vladimir como também o convívio com a fútil hierarquia estudantil, dividida entre aqueles que pertencem e os que não pertencem às famílias reais de vampiros. São obrigadas a relembrar as causas de sua fuga e a enfrentar suas temíveis consequências. E, quem sabe, poderão encontrar um par romântico aqui e outro ali. Mais importante, Rose descobre por que Lissa é assim tão especial: que poderes se escondem por trás de seu doce e inocente olhar?
Richelle Mead dá uma nova face à literatura vampiresca com este romance: mais ácida, apimentada e inteligente do que nunca, a saga dos Moroi e seus guardiões surpreende pelas reviravoltas e pela ousadia desses cativantes personagens.

Eu não sei como começar essa resenha. Como devo começar?
Eu acho que dizer que me tornei antissocial com essa série não seria muito adequando, mas é verdade. Não duvidem, eu virei antissocial e não consegui parar de ler nem para dormir — sim, passei 3 dias acordada lendo! Estranho? Nem tanto. Existem aqueles livros que não me deixam pregar o olho; são poucos, mas sempre pode surgir mais um.

Era para ter lido essa série há muito tempo, mas acabei adiando. Depois que Juliana, que frequenta o clube do livro, e uma conhecida me indicaram essa série, resolvi comprar pois estava em promoção no Submarino. Nunca compro muitos volumes de uma série que não li, apenas o primeiro, mas com VA foi diferente. Meu Deus, como eu agradeço isso.

Narrado em primeira pessoa, O Beijo das Sombras tem narração majestosa e simples. Não sei explicar ao certo a narração de Richelle Mead, porém é algo entre leve e completamente descritiva. Ainda tenho dúvidas que meus olhos não presenciaram cada cena. Resumido, é a narração mais incrível que já li.

Vampiros? Já li muito, muito mesmo. Cansei desse tipo de leitura, já cansada de todos os clichês. Academia de Vampiros é, sim, rodeada de questões vampirescas, mas isso é de uma forma totalmente nova e diferente. Aqui temos muita política, questões morais e reflexão.

Posso fazer uma lista do que gostei em O Beijo das Sombras, e posso afirmar que começa por Rose Hathaway. Rose é o tipo de personagem que todo livro deveria ter. É forte, determinada, explosiva, independente, louca, completamente louca e com o desejo voraz de se divertir, além, é claro, de esmurrar algumas pessoas. A princípio, eu lhe achei festeira demais, mas isso não passa da décima página. Ela não é a personagem perfeita, ou melhor, ela é imperfeitamente perfeita para a história. Confuso? É como se ela fosse o tipo de personagem que pertence aquele meio mais do imaginamos e vamos descobrindo aos poucos. Todo livro deveria ter o personagem perfeito para a história, mas não é bem assim que as coisas são.

Rose erra, se engana, faz besteira. E Rose resolve tudo do modo, digamos... Rose. Imagine aí socos, ameaças e muita determinação de fazer o que lhe parece certo, principalmente quando as coisas têm haver com Lissa.

Já Lissa é o oposto de Rose. Boneca, perfeita, encantadora, adorável. Eu realmente não gosto desse jeito dela. Vão por mim, mas ela demonstra outros lados bem interessantes. Lissa tem um poder especial, muito raro e isso a coloca em perigo físico, bem como mental.

Dimitri. Dimitri. Apenas esse nome na página e sorrisos me veem a aos lábios. Ele é o instrutor de Rose e será guardião de Lissa, assim como Rose. Bonito, sensato, sexy, incrivelmente habilidoso e sete anos mais velho que Rose. Ele passa todo o livro se controlando sobre a atração que existe entre ele e Rose, mas é tão, tão evidente. Ele é mais velho, é o seu instrutor e será seu parceiro de trabalho. Tem muita coisa envolvida no relacionamento desses dois.

O livro tem um destaque muito grande que é sua história. É uma trama sobre vampiros, mais original e clássica ao mesmo tempo. No mundo existem quatro raças, sendo que três delas você nasce como é e outra que você se transforma. Moroi é a raça de vampiros do bem, nascem como são e não matam os seres humanos, mas bebem sangue deles. Acho que foi a primeira vez que vi a retração de uma espécie de vampiros que é frágil e tem magia elementar — terra, fogo, água e ar. Dampiros é a junção dos humanos e Moroi, onde eles têm as melhores coisas das duas espécies, como habilidades físicas e exposição ao sol sem que lhe incomodem. Os Dampiros são treinados para proteger os Moroi, já que eles precisam dos Moroi para continuar a existir. Os vilões da história são os Strigoi, que são transformados em mortos-vivos. Qualquer uma das três raças — Dampiros, Moroi e Humanos — podem se transformar e Strigoi e viver eternamente, além de ganhar muita força, rapidez e incapacidade de amar.

Rose é uma Dampira. Depois de um acidente de carro, onde toda família de Lissa morre e apenas ela e Rose sobrevivem, ela tem um laço com Lissa e consegue sentir tudo o que ela sente e até mesmo entrar na mente dela. Rose se dedica a proteger Lissa de tudo, mesmo arriscando sua vida.

Depois de passar dois anos morando longe da academia/escola e retornar, Rose está atrasada com relação aos antigos colegas, correndo o risco de não se formar ou ser guardiã de Lissa. E é aí que entra nosso russo-bonitão-instrutor Dimitri, que foi designado a dar aulas extras para Rose. A relação desses dois ocorre bem lentamente, uma vez que Dimitri presa por seus valores e se envolver com uma aluna é errado, não importa o quanto eles se gostem. Por Rose ser impulsiva, Dimitri em vários momentos é aquele que dar conselhos a Rose, mesmo que ela não siga de forma geral.

Como nem tudo são flores — nesse livro quase nada é — o perigo está rodeando a Rose, Lissa e Dimitri. E esse perigo pode surpreender.