[Resenha] Dearly, Departed

Dearly, Departed - O amor nunca morre
N°de páginas: 480
Formato: 15x23cm
Preço: R$42,90
Onde Comprar:
Livraria Saraiva
Livraria Cultura
Autora: Lia Habel
Editora: iD
Série: Gone With the Respiration
ISBN: 9788516080372
Gênero:Romance, Ficção Científica
Nota: ★★★★★

Sinopse:
Ela é Nora Dearly, uma garota neovitoriana de 17 anos que sofre com a morte dos pais e vive infeliz aos cuidados da tia interesseira.
Ele é Bram Griswold, um jovem soldado punk, corajoso, lindo, nobre... e morto!
No ano de 2187, em meio a uma violenta guerra entre vitorianos e punks, surgiu um perigoso vírus, capaz de matar e trazer novamente à vida. As pessoas tornam-se zumbis, mas nem todos são assassinos devoradores de carne. Há os que lutam para que o vírus não se espalhe...
Apenas Nora tem o poder da cura em suas mãos, ou melhor, em seu sangue. Ela não sabe disso, e corre perigo. É papel de Bram protegê-la... e amá-la.

Finquei intrigada com esse livro assim que o vi. Como assim Steampunk em 2187? Para quem não sabe, Steampunk é um subgênero da ficção cientifica, assim como o Ciberpunk, mas ocorre na era vitoriana e no meio das descobertas de tecnológicas e máquinas a vapor. Na minha mente, antes de ler esse livro, não casava Steampunk em 2187, sendo mais sensato pensar em Ciberpunk (futurista). Entretanto, não é assim e temos um Steampunk maravilhoso!

Depois de uma catástrofe natural, os habitantes do hemisfério norte migraram para sul e os poucos sobreviventes eram bastante antiquados. Lutas e conquistam aconteceram na America do Sul e Central. Ao passar do tempo, a sociedade se tornou cada vez mais antiquada e os costumes da era vitoriana foram adotados. Mocinhas frágeis e sentimentais; grandes vestidos; homens comandando a sociedade. É impossível não imaginar isso como um retrocesso de todas nossas conquistas. De vários pontos abordados no livro é justamente isso.

Me encantei com a narração em primeira pessoa sobre o ponto de vista de vários personagem. Essa narração me fez conectar com a história de uma forma incrível. Apesar de ser do ponto de vista de em média de quatro ou cinco personagens, não atrapalha, muito pelo contrario, ajuda a entender tudo o que ocorre.

Aí, chega outra dúvida! Zumbis e Steampunk no futuro? Sim! E deu certo. Os zumbis aqui não são uma força sobrenatural ou reanimação mágica. É uma doença. É um vírus. Então, nada de apelos sobrenaturais. É o lázaro.

No plano de fundo do romance e a doença, existe uma rivalidade ideológica; de um lado estão os Punks e do outro os Vitorianos, a realeza. Essa luta passa da barreira de lutas ideologia e se transforma em física, mas não tem enfoque na história, embora fiquei curiosa para saber mais, foi trabalhado de uma forma esplêndida.

Nora é a personagem principal e adorei todas as páginas em que pude entrar na mente dela. É uma das personagens fortes e determinadas. Ela age de forma sensata e de forma compreensível, mesmo sendo a garota especial. Como a reanimação acontece por meio de um vírus, claro que existe uma exceção e ela tem nome: Nora. Seu sangue é imune a doença e a única esperança de vacina para toda população.

Bram é incrível! Determinado, atencioso, lindo, dedicado e... morto. Ele está morto há 2 anos depois de um ataque de zumbis e desde então sua vida mudou totalmente. Após morto e reanimado, virou soldado de uma organização em combate aos cinzas (zumbis do mal) e a procura da vacina.

Pamela é a melhor amiga de Nora e isso não a coloca em segundo plano. Na verdade Pamela é tão incrível quanto Nora e a parte da ação ficou a cabo dela no livro. Depois que Nora é seqüestrada, sua cidade vira um caos e o vírus se espalha com a população em completa ignorância. Pamela está lá, sentindo que as coisas não estão bem e tendo que lutar contra costumes e reputações para salvar sua família.

Muitos e muitos outros personagens merecem destaque e gostei de cada um de uma forma diferente. A Lia soube criar os personagens muito bem, mas Nora, Bram e Pamela são os que detém o destaque e maior importância.

O romance de Nora com Bram ocorre de maneira natural e agradável. Torço pelo casal, pois muitas coisas estão envolvidas no enredo, afinal, ele é um cara morto e isso tem sua implicações. Apesar de tudo o livro não tem foco no romance, mas, sim, na história em si. Sendo assim o livro é rico de vários elementos (mulheres que ao invés de serem salvas se salvam à ficção cientifica leve), mas muito bem sincronizado.

A continuação chama-se Dearly, Beloved e lançará em novembro se não me engano. A capa é tão linda quanto a primeira, deem uma olhada.


Citações:

Provavelmente queria.
Mais, em vez de fazer isso, curvou-se para me cumprimentar.
— Capitão Abraham Griswold, a seu dispor.
Abracei o ursinho e olhei para ele, me sentindo como uma criança assustada.

— Devo confiar em você com uma arma?
Fiquei um pouquinho mais ereta.
— Meu pai me ensinou a atirar. A primeira lição foi responsabilidade. Não quero ferir ninguém, só quero sentir que posso me defender.

Ela me recompensou com um sorriso.
— Vocês dois já terminaram com o namorico? — gritou Coalhouse Por instinto, ela apertou minha mão, mas depois soltou-se e recomeçou a andar, tirando capim do caminho.

Vesti calça de linho, camisa e um dos coletes menores. Prendi o cabelo em um coque. Levei alguns segundos para me acostumar à sensação de usar calças em vez de saias, repetindo para mim mesma que não era hora para sentir constrangimento. Vesti o suporte com o arco e flecha e respirei fundo.
Desci a escada.

3 comentários:

  1. Oi, tudo bom?
    É muito bom dar uma passada no seu blog.
    Eu tenho muita vontade de ler esse livro. Acho bem legal e diferente a temática.
    Depois da sua resenha só fiquei com mais vontade ainda de ler. Parabéns.
    Poliana Araújo
    Território das garotas
    @territoriodg
    Bjss *-*
    Passa lá no blog?
    http://territoriodascompradorasdelivro.blogspot.com/

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    Respostas
    1. Bem diferente e trabalhada, Poliana. Vale apenas ler quem gosta de distopias e apocalipse zumbi.
      Bjs

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  2. Oi Cris, ainda não conhecia o livro, valeu a dica *.*
    Bjos!

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