As vantagens de ser invisível: o filme

Olá pessoal!
Pra começar os trabalhos, que tal falar sobre As vantagens de ser invisível?
Infelizmente ainda não li o livro (se der, faço uma resenha depois que tiver lido), então vou falar sobre o filme. Admito que primeiramente fiquei interessada pelo fato de ter a Emma no elenco, mas quando saí da sala do cinema, estava morrendo de amores pela história em si.

Charlie (Logan Lerman) é um garoto solitário (a ponto de escrever cartas para um amigo, porém sem enviá-las e sim como uma espécie de diário) que tenta se recuperar da depressão e dos traumas sofridos: a morte da sua tia e o suicídio do melhor amigo. Ele acaba de ingressar no ensino médio e o seu objetivo é nada mais que fazer amigos. É quando conhece os meio irmãos Sam (Emma Watson) e Patrick (Ezra Miller) e começa a andar com a turma deles, onde todos são, digamos, deslocados. Com essas novas amizades, Charlie começa a se sentir melhor, feliz. Porém, nem tudo é tão fácil, ainda mais com tudo que já aconteceu na vida dele, o que nos é passado de forma leve e eu diria até metafórica, pois nada é dito diretamente.

Um ponto muito importante para mim foi a abordagem de temas como homossexualidade, drogas, descoberta do amor e seus dilemas, como o primeiro beijo e a primeira vez, bullying e toda a tensão que passamos no colégio, especialmente no Ensino Médio. Nada foi tratado superficialmente e com todo aquele exagero comum das produções estadunidenses, mas sim com uma emoção e verdade (principalmente da parte do Logan) pouco vistas em filmes e foi justamente isso que me fez ficar apaixonada pela história e louca para ler o livro. Também gostei bastante das citações principais feitas no filme, especialmente “We accept the love we think we deserve” (Nós aceitamos o amor que acreditamos merecer), lindo, não?

Além do enredo, merece um enfoque especial a trilha sonora. Sou suspeita pra falar, pois as músicas são, no geral, dos anos 80, época pela qual sou apaixonada, porém duvido que haja alguma pessoa que não tenha gostado de pelo menos uma delas. Mas esquecendo do meu gosto musical, creio que gostaria da trilha de qualquer forma. Obviamente não sou nenhuma especialista, mas a sensação que tive foi de que as músicas completavam a cena, transmitindo algo a mais e enfatizando a emoção dos personagens. E não é exatamente essa a função da trilha sonora? Pois é, mais um ponto positivo.

O único ponto negativo que consegui encontrar em toda a produção não foi no filme em si, mas sim na sua divulgação no Brasil. Pra começar, foram divulgadas duas datas de estreia, o que causou muita confusão, pois não se sabia qual era a verdadeira. Mas aí o filme estreou no dia 19 de outubro e seria tudo maravilhoso, se não fosse o fato de que ele não foi exibido em várias capitais brasileiras e outras cidades. Falando de uma realidade mais próxima, aqui em Salvador o filme estreou, mas ficou em cartaz por apenas uma semana, sendo que outros, que estrearam há quase dois meses, continuavam sendo exibidos. Eu realmente gostaria de entender o porquê disso tudo e, citando uma frase da minha prima Fernanda numa das nossas conversas, talvez seja porque “as pessoas devem ter achado que faltou tudo aquilo que elas já estão acostumadas nos filmes americanos”.
Mas isso não conseguiu tirar o meu encantamento em relação ao filme e eu espero ansiosa por assisti-lo novamente. Aqui em baixo segue o trailer para que quem já assistiu relembre um pouco da história e para que quem não viu, fique com mais vontade de ver (mesmo que tenha que esperar um pouco para isso):