[Resenha] A Viagem do Tigre

A Viagem do Tigre

Páginas: 492
Formato: 16x23cm
Preço: R$29,90
Onde Comprar:
Livraria Saraiva
Livraria Cultura

Autora: Colleen Houck
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580411133
Ano: 2012
Gênero: Jovem-Adulto, Aventura
Nota: ★★★★★
Sinopse:
Em sua terceira busca, a jovem Kelsey Hayes e seus tigres precisam vencer desafios incríveis propostos por cinco dragões míticos. O elemento comum é a água, e o cenário de mar aberto obriga Kelsey a enfrentar seus piores temores.
Dessa vez, sua missão é encontrar o Colar de Pérolas Negras de Durga e tentar libertar seu amado Ren tanto da maldição do tigre quanto de sua repentina amnésia. No entanto o irmão dele, Kishan, tem outros planos, e os dois competem por sua afeição, além de afastarem aqueles que planejam frustrar seus objetivos.
Em A viagem do tigre, terceiro volume da série A Maldição do Tigre, Kelsey, Ren e Kishan retomam a jornada em direção ao seu verdadeiro destino numa história com muito suspense, criaturas encantadas, corações partidos e ação de primeira.

Contém spoilers dos livros anteriores.

O que ocorreu é o seguinte: eu morri no final de O Resgate do Tigre. Sim, meu coração se quebrou em milhares pedacinhos com a falta de memória do Ren. Para quem já leu, e aquela cena da meia? Pois bem, não vi a hora de começar logo a leitura deste livro, pensando que ressuscitaria, mas acabei morrendo ainda mais com este livro e vocês saberão o porquê.

Dando continuidade ao O Resgate do Tigre, Ren continua sem se recordar de Kelsey, dos seus sentimentos por ela, ou qualquer coisa que a envolva antes do seu sequestro. Disposta a tentar se reaproximar de Ren novamente, Kelsey propõe que sejam amigos e que ela parará de cobra tanto dele, de que se lembre dos momentos e tudo mais. Logicamente, seu coração (o meu também) se quebra a cada momento em que seus sentimentos não são retribuídos e muito vezes ela faz de tudo para não expressá-los. E não que Ren não tente; ele tenta, busca conseguir relembrar, mas não consegue, principalmente por não poder tocá-la. Sim, o contato físico com Kelsey o machuca. Para melhorar ou piorar a situação (depende do ponto de vista. Como é o Kishan, mesmo amando o Ren, é melhorar mesmo), Kishan está cada vez mais apaixonado por Kelsey, querendo ajudá-la, totalmente pelas beradas. Ambos sofrem, eu sofri, quem ler e for fã da série sofrerá também. Por tanto, meu coração ficou pequenininho e incompleto neste livro.

Enquanto a vida amorosa ou a falta dela está uma bagunça, os três ainda têm uma maldição para quebrar e o terceiro presente de Durga é protegido por perigos extremos. Estou redundante agora, porque todo presente é protegido por perigos extremos, mas pensem em água e que os tigres são ferozes, fortes, lindos e tudo mais na terra; na água a coisa muda um pouco, ou melhor, não muito, já que os tigres continuam lindos e tudo mais. Mas deixando a graça de lado, medos serão testados e provas que refletem a bagunça emocional são as mais perigosas. Ah, mas o ponto alto do livro é com certeza os Dragões (não tão alto assim, mas não vou soltar spoilers, mas tenha em mente que tem vários pontos altos), porém eles não significam perigos diretos, não que também não sejam. Vejamos pelo seguinte ângulo: para lhe ajudar, você precisa me agraciar com alguma coisa. Este agrado nem sempre é fácil (na verdade, nenhuma foi) e todos os cinco dragões pelos quais eles precisam passar tem seus problemas e virtudes. E nunca devemos esquecer o Lokesh, pois ele sempre está rondando e é melhor estar preparado para sua aparição.

Confesso que esta confusão amorosa foi irritante em diversos momentos e tudo isso não por causa dos personagens em si, mas a situação e a autora. Colleen Houck é má, maléfica, sem coração. Não é exagero, mas devo confessar que boa parte da minha conclusão sobre a autora é por causa do quarto livro da série, O Destino do Tigre, onde ela foi má e o livro foi tão triste, chorei tanto. Mas então, o que me irritou foi o beco sem saída da trama e todo e qualquer lado que eles fossem alguém ou todos sofreriam. Ok, em triângulos sempre é assim, mas aqui é angustiante. Kelsey e Ren fizeram coisas que me irritaram, mas perdoo, porque a tensão entre eles foi incalculável.

A narração de Colleen continua gostosa,  fluída e bem construída, mas neste livro ela é mais carregada de sentimentos, ou seja, mais pesada. Ah, claro, menos as maravilhosas histórias com lições de moral. Apesar dessa sobrecarga, não estragou e foi importante para entender todas as entrelinhas. E não podemos esquecer das cenas de aventura e ação, pois ela escreve cada vez melhor.

Na semana do especial, comentei sobre o mito de maior importância em A Viagem do Tigre e vocês podem acompanhar a maravilhosa história nestes dois links, pois é divido em duas partes:  primeira parte e a segunda.

Finalizando da mesmíssima forma que iniciei, o que ocorreu é o seguinte: eu morri no final deste livro. Sim, morri, caí durinha e roí as unhas - não necessariamente nesta ordem. Para quem leu e achou O Resgate do Tigre um livro com final de morrer de ansiedade, A Viagem do Tigre se superou e terminou da forma mais cruel do mundo. É impossível não contar os dias para ler a sequência.

Beijos e até mais.

P.S.: Está rolando o sorteio dos três primeiros livros da série. Participe :-)