É, voltamos! E adoro esta seção, porque podemos partilhar coisas habitais da nossa vida. Para quem ainda não conhece: Vida de Leitor(a) é a nossa coluna quinzenal sobre coisas que acontecem com quem ama os livros. Foi criada no início do ano, depois deixei de postar e agora voltou.
Pensei em mil temas para a volta, várias formas de escrever e uma certeza: eu não sabia o que dizer. Incrível, eu sei. Mas então me recordei de um texto que trabalhei na aula de Oficina de Produção de Texto e Leitura e resolvi trabalhar com os nossos direitos.
Seremos realistas: existem vários livros mas não leremos todos, porque moremos e não podemos dar conta em vida. Então, precisamos não ler. Soa estranho, superficial até, porque é horrível pensar assim. Eu quero ler tudo, para sempre. Mas não vou, não posso. Mas, então, podemos saltar páginas e ler apenas as partes principais; ou simplesmente não terminá-los.
Existe um direito que exerço com uma precisão incrível: o direito de amar os “heróis” dos romances. E amo tantos que a lista é extensa e acredito que as suas também.
Portanto, podemos fazer o que quisermos com nossos livros, desde tacar fogo a não ler. Como a ideia de tacar fogo é um pouco agonizante, logo: não taquem fogo em seus livros, por favor. E com vocês, quais direitos mais se identificaram?
Pensei em mil temas para a volta, várias formas de escrever e uma certeza: eu não sabia o que dizer. Incrível, eu sei. Mas então me recordei de um texto que trabalhei na aula de Oficina de Produção de Texto e Leitura e resolvi trabalhar com os nossos direitos.
1. O direito de não ler.Imortalizamos e exaltamos os livros. Há pessoas que não podem imaginar uma pessoa saltando páginas, lendo vários livros ao mesmo tempo, não ler determinada coisa e escrevendo nos livros. Mas podemos fazer tudo isso, porque ler é uma atividade individual e tem suas diferenças e particularidades para cada leitor. Eu, por exemplo, não me imagino riscando e usando grifador de texto nos meus livros, mas tenho livros que não lerei. Posso comprar livros que não lerei, o mundo também.
2. O direito de saltar páginas.
3. O direito de não acabar um livro.
4. O direito de reler.
5. O direito de ler não importa o quê.
6. O direito de amar os “heróis” dos romances.
7. O direito de ler não importa onde.
8. O direito de saltar de livro em livro.
9. O direito de ler em voz alta.
10. O direito de não falar do que se leu.
Daniel Pennac, Como um Romance, Ed. ASA, 1992, p. 155.
Seremos realistas: existem vários livros mas não leremos todos, porque moremos e não podemos dar conta em vida. Então, precisamos não ler. Soa estranho, superficial até, porque é horrível pensar assim. Eu quero ler tudo, para sempre. Mas não vou, não posso. Mas, então, podemos saltar páginas e ler apenas as partes principais; ou simplesmente não terminá-los.
Existe um direito que exerço com uma precisão incrível: o direito de amar os “heróis” dos romances. E amo tantos que a lista é extensa e acredito que as suas também.
Portanto, podemos fazer o que quisermos com nossos livros, desde tacar fogo a não ler. Como a ideia de tacar fogo é um pouco agonizante, logo: não taquem fogo em seus livros, por favor. E com vocês, quais direitos mais se identificaram?
Adorei este post, faz com que eu repense nos meus livros, tenho alguns (muitos) que ainda não li, mas nunca pensei em não ler algum deles. E com certeza sou apaixonada por muitos dos heróis que leio. Parabéns pela criatividade :D
ResponderExcluirTem certos heróis que é impossível não se apaixonar, não é?
ExcluirObrigada.
Gostei muito do post principalmente do direito 5, O direito de ler não importa o quê. Não gosto desse preconceito literário que existe, eu mesma convivo com algumas pessoas com esse preconceito e é realmente exaustivo. Acho que todos temos que ler o que gostamos e não o que os outros querem.
ResponderExcluirÉ, existe um preconceito enorme. Eu, por exemplo, estou no curso de Letras e tem muitas pessoas lá que só valorizam clássicos e classificam os outros livros como baixa leitura. Nem por isso devemos deixar de ler o que gostamos.
ExcluirSei como é, também faço Letras e na minha turma é exatamente a mesma coisa mas eu também acho que as pessoas tem que ler o que gostam.
ExcluirGostei muito do post. Eu particularmente já pulei alguns parágrafos porque o livro estava muito chato, eu também não me vejo grifando ou rabiscando meus livros, mas tem pessoas que fazem isso e eu tenho que aceitar porque o livro é dela. Parabéns pelo post, adorei.
ResponderExcluirQue bom que gostou, Clara!
ExcluirPular nunca pulei, mas já abandonei leituras.
Obrigada B-)
adorei esse post, estou amando o blog parabens!
ResponderExcluirAdoro a coluna é muito realista.
ResponderExcluirRealmente vida de leitor tem de tudo e mais um pouco.
Me identifiquei com:
O direito de reler e o direito de amar os "heróis" dos romances
Nós temos esses direitos. Só queria que na escola ele se aplicasse! Porque pelamordeDeus, tem livro que é chato demais e professor fica pedindo leitura ¬¬
ResponderExcluirOdeio isso...
Fora essa parte, concordo e aprovo todos! Gostei do post.
Acho meio tenso quem lê em voz alta em público (a não ser que esteja "autorizada"), não acho que a pessoa tem direito de atrapalhar as outras.
ResponderExcluirQuanto aos heróis, eu concordo!
bjs
Sigo à risca: o direito de reler e o direito de ler não importa o quê. Às vezes, o direito de amar os heróis. rs
ResponderExcluirEsse post ficou d+! Livro é tudo pra mim...eles são os meus melhores amigos que me levam para lugares que talvez fisicamente nunca estarei, me faz desejar conhecer pessoas com pelo menos um pouquinho da personalidade de alguns personagens, e me faz sonhar!
ResponderExcluirAh, eu tb me dou o direito de amar vários heróis!!!!
bjus
Eu já queimei livros D: kkkkk Mas isso foi um tempinho atrás, hoje não faço mais isso. É melhor trocar ou dar de presente...
ResponderExcluirHuum, exerci um dia desses o direito de saltar páginas. "Li" o livro Água para elefantes assim.
E amar os heróis? SEMPRE! <3