[Resenha] O Duque e eu

O Duque e eu

Páginas: 281
Formato: 16x23cm
Preço: R$29,90
Onde comprar:
Saraiva
Submarino

Autor: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580411461
Ano: 2013
Gênero: Romance Histórico
Nota: ★★★★☆
Sinopse:
Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta. Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.

Desde ano passado eu entrei com tudo nos romances históricos e não me imagino parando, mas como foi no finalzinho do ano ainda não tinha lido nada da Julia Quinn, considerada a Jane Austen contemporânea. Teve aquele borbulhinho com a compra dos direitos dos históricos de três grandes autoras. E, claro, não pude deixar de conferir.

O Duque e eu é o primeiro livro da série Os Bridgertons, uma grande família composta de oito irmãos e cada livro é a história de um deles. Em O Duque e eu conhecemos Daphne Bridgertons, a filha mais velha que está em busca de um marido, mas nenhum dos pretendentes é adequado, pois ou são velhos demais, ou pouco inteligentes, ou feios. A chegada de Simon Basset, o duque de Hastings agita os bailes de Londres, já que ele é rico e muito bonito e as mães das debutantes não deixaram um bom partido passar. Querendo fugir de todo o caos do mercado de casamento e aumentar as possibilidades de Daphne encontrar um bom partido, eles fecham um arco: fingir serem noivos. Mas até que ponto os sentimentos ficarão de fora?

Eu já me perguntei por que gosto tanto de romances históricos e na verdade um motivo é muito pouco; são vários, mas o principal é o quanto as personagens se mostram especiais, porque é uma sociedade onde o que as pessoas pensam sobre você é mais importante do que seu próprio julgamento e a imagem da mulher é a margem de várias barreiras. Eu sei que fazer contas, controlar finanças, é algo normal no universo feminino hoje e tudo, mas na sociedade do século XIX uma mulher não fazia nada parecido, nem em sonho, por exemplo. Então, Julia Quinn não decepcionou e a Daphne é uma das mulheres que quebram algumas regras da sociedade. Não vou aprofundar, mas é possível se esquecer que ela é uma dama da alta sociedade londrina e associar a uma pessoa moderna.

Simon Basset tem fama de um grande libertino, além de um pouco arrogante e muito inteligente, mas ele tem mais fama do que merece, principalmente por causa de um problema de dificuldade de falar quando criança. Esse problema de fala deu um ar mais real no Simon e gostei muito da forma de a autora tratou.

Também destaco a misteriosa Lady Whistledown, que é conhecida por seus comentários que não perdoa ninguém sobre a nobreza postados num jornal, mas ninguém sabe quem é. Podemos dizer que é uma Gossip Girl. E também não preciso acrescentar que estou louca para descobrir um pouco mais sobre ela, não e?

É preciso ressalta que romance histórico, em suma, não é um livro feito para surpreender; você começa a leitura e já desconfia – para não dizer que tem certeza – do final, principalmente porque a finalidade destes livros não é surpreender, mas sim romantizar.
O romance foi muito bem trabalhado, gostei muito do começo, mas no finalzinho perdi um pouco do encantamento por causa das sequencias dos fatos terem soado um pouco forçadas, contudo o final recuperou o gás e terminou muito bem. E para quem está com dúvidas, temos as cenas hots, mas na medida certa.

E, naquele instante, com Simon se aproximando cada vez mais dela, ele se tornou seu mundo inteiro.

É preciso ressalta que romance histórico, em suma, não é um livro feito para surpreender; você começa a leitura que já desconfia – para não dizer que tem certeza – do final, principalmente porque a finalidade destes livro não é surpreender, mas sim no romance.

A Julia Quinn é em terceira pessoa, alternando o foco entre Daphne e Simon e essa narração é muito comum nos romances históricos, mas não sei conceituar totalmente, mas a narração não fluiu como nos outros livros do gênero que li e este é o ponto negativo que encontrei.

Apesar de ter gostado do livro e reconhecer que O Duque e eu soube ser original, eu esperei mais da Jane Austen contemporânea. Algumas coisas que quis que ele tivesse trabalhado mais e em outras menos. Mas é o primeiro livro da saga e espero dar nota máxima nos próximos livros.

Beijos :-)