[Resenha] Aposta Indecente

Aposta Indecente

Páginas: 240
Formato: 14x21cm
Preço: R$ 29,90
Onde comprar:
Submarino
Saraiva

Autor: Mathilda Wright
Editora: Quinta Essência
ISBN: 9788580447941
Ano: 2010
Gênero: Romance Histórico
Nota: ★★☆☆☆
Sinopse:
Paris, 1854. Um dos homens mais ricos da França, o marquês de Villeclaire tem uma vida luxuosa e despreocupada, onde não falta nada que o dinheiro e a sua posição social possam pagar. Mulheres, jogo, festas, caçadas, palácios… Mas uma aposta faz com que os destinos de Villeclaire e Catherine Duvernois, uma jovem e misteriosa viúva, se cruzem, numa fase em que uma nuvem negra assombra os dias do belo marquês, prestes a casar, contra sua vontade, com Blanche de Belfort. A vida de Louis de Villaclaire desmorona-se… Quem é Catherine Duvernois? E Blanche de Belfort? Alguém está mentindo. Mas quem? Por quê? A resposta mudará para sempre o futuro destas três personagens. Um romance arrebatador, que se desenrola entre os sofisticados salões da aristocracia parisiense e as deslumbrantes paisagens do vale do Loire, levando os leitores numa viagem inesquecível por cenários de sonho, durante o reinado do Imperador Napoleão III.

Mais um livro de época que leio. Tenho lido muitos romances históricos já tem algum tempo e nunca não gostei, mas cheguei a abandonar. Já com Aposta Indecente eu fiquei entre altos e baixos e não foi bem o que eu esperava.

A trama desse livro foge da sociedade londrina e mergulhamos na nobreza francesa. Para quem tem o costume de ler esse tipo de livro, sabe que se passam na Inglaterra dificilmente deixa de falar, comentar e fantasiar alguns costumes franceses. Sendo assim, foi interessante ler por outro ângulo e achei muitas coisas semelhantes entre as duas sociedades. Mas é notável quem enquanto a sociedade inglesa tem aquele exacerbado foco na vida alheia, chamada de reputação, a francesa me pareceu mais leve e menos opressora.

O título do livro pode dar uma ideia errada do livro, porque dificilmente eu diria que o foco da trama seja essa(s) aposta(s). Sim no plural, já que existem duas apostas que o título pode se referir. Mas em ambas as apostas o sentindo de indecente é mais para vergonhosa, absurda.

Como em quase todo livro do gênero, o personagem principal masculino é um libertino, que não tem nenhuma intenção de casamentos, mesmo tendo uma linha de sucessão a zelar. Em Aposta Indecente, o marquês não difere desse estereotipo, mas não o achei irresistível e tudo mais como a autora quis dar a entender. Ele foi o tipo de personagem que você torce a favor e ponto. Já Catherine foi uma personagem que não nos faz dizer que amou, mas também não nos faz dizer que amou. Algumas coisas em sua personalidade não foram do meu agrado e algumas de suas ousadias foram.

Eu creio que o valor de um livro não está nos mocinhos, mas sim nos vilões. Minha formula é simples = quanto + vilão for o vilão(tudo justificado e bem construído),+ a história tem potencial. E o que ocorre no livro que os vilões não têm potencial, não me fez roer as unhas e disparar o coração. Foi bem revoltante, já que obviamente a intenção da autora era criar bons vilões para um romance histórico e não saiu de forma feliz.

Aí vocês me perguntam se o romance compensou... e eu me vejo obrigada e responder que não. Não tivemos romance, foi tão fraco que nem chegou a esquentar e o surgimento dos sentimentos do personagem foi tão rápido e mal elaborado, que me pareceu imaturo. E se tem uma coisa que não pode faltar nos romances históricos são os avassaladores romances, não é?

Apesar de todo o ponto negativo e frustrante, o livro é narrado e forma gostosa e fluida, mas nada muito memorável.

Sendo assim, não recomendo a leitura. Se você nunca leu romances históricos e quer começar, aconselho a começar por outro e tenho algumas resenhas de outros livros aqui. Se você gosta de romances históricos, depende muito do que você gosta nas tramas e arriscar por conta própria.

Beijos :)