[Resenha] Contos da Seleção

Contos da Seleção

Páginas: 264
Formato: 14x21cm
Preço: R$23,90
Onde comprar:
Submarino
Saraiva

Autor: Kiera Cass
Editora: Seguinte
ISBN: 9788565765329
Ano: 2014
Gênero: Romance
Nota: ★★★★★
Sinopse:
Os dois contos que se passam no universo criado por Kiera Cass, autora da trilogia A Seleção, agora estão disponíveis em edição impressa. Em O príncipe e O guarda, o leitor poderá acompanhar de perto os pensamentos e emoções dos dois homens que lutam pelo amor de America Singer: o príncipe Maxon e Aspen Leger, ex-namorado de America, que acaba trabalhando no palácio durante a Seleção.
Esta antologia inclui, ainda, um final estendido do conto O príncipe; bônus exclusivos, como uma entrevista com a autora e dados inéditos sobre os personagens; além dos três primeiros capítulos de A escolha, o aguardado desfecho da trilogia.

Boa noite, pessoal.

Hoje a resenha é um pouco diferente do que normalmente faço, porque é feita para quem é fã de A Seleção, com minhas visões dos contos e minhas teorias para o tão aguardado A Escolha. Vamos lá?

Contém spoiler de A Seleção e A Elite, mas tentarei mascará-los o quão possível.

Antes de mais nada, vou confessar que sou super team Maxon, sendo assim me apaixonei ainda mais no conto sobre o seu ponto de vista, O Príncipe. Para quem não sabe ou não se lembra, o primeiro conto foi entre o primeiro e segundo livro, quando ainda não conseguíamos enxergar Maxon por uma visão tão ampla. Já em A Elite, temos um pouco mais dessa visão, mas são bem diferentes, contudo complementares. Ficou confuso, não é? Ninguém é totalmente ruim, ninguém é totalmente do bem, sendo assim, o conto mostra uma faceta muito humana dele, mas A Elite mostrou uma faceta de um garoto real. E quem saber de uma coisa, eu gostei, tornou Maxon real. Sendo assim, é indispensável à leitura. Mas se você já leu o e-book e não tem vontade de comprar Contos da Seleção, deixe-me contar que temos um final estendido! Sim, mais um pouco da mente dele.

Nada contra time Aspen, mas não sou muito fã dele. Tentarei ser justa e vou dar crédito a importância de Aspen na história, pois América só participou por causa dele e, já no palácio, ele deu apoio a ela em momentos importantes, assim como foi prejudicial em outros. Em O Guarda, temos algumas partes de A Elite contadas pelo o ponto de vista dele, com isso, temos uma visão ampla sobre o castelo e sobre seu clima de tensão. Com relação a alguma revelação de Aspen, ele não me surpreendeu, porque o acho expressivo nos dois primeiros livros e não tive dúvidas quanto a personalidade. Você acertou o meu pensamento se entendeu que Aspen é a certeza, o livro aberto, e Maxon a complexidade fechada.

Apesar dos contos serem as coisas mais importantes no livro, vou focar na minha teoria para o final e todas justificativas que posso relacionar. Eu vou chamar de teoria da previsão, mas tenho certeza que o team Aspen chamará de teoria da conspiração, pontos de vistas de fãs mesmos. Para as minhas justificativas de porque America terminará com Maxon, reli A Seleção e A Elite, li e reli os três capítulos de A Escolha disponibilizados em Contos da Seleção e também não deixei de lado uma entrevista com a Kiera que também está em Contos da Seleção. Em vamos lá!

Logo no começo de O Príncipe, quanto Maxon estava bem inseguro sobre tudo o que a Seleção significava, a mãe lhe deu um simples conselho, bem sutil, mas que não deixei de pensar que era uma pista para o final.

— Maxon, este é o meu presente para você: prometo me esforçar para ver essas garotas através dos seus olhos. Não com os olhos da rainha ou da mãe, mas com os seus. Mesmo que você escolha uma moça de casta bem inferior, mesmo que os outros pensem que ela não tem valor, sempre escutarei seus motivos para querê-la. E farei o máximo para apoiá-lo em sua decisão.

E aí, muito suspeita essa citação, não é? Porque a situação de America não pode ser mais bem descrita do que assim.

Na entrevista com a Kiera, numa das perguntas ela respondeu que sua inspiração para A Seleção foi uma garota chamar a atenção de um príncipe, mas não o quer porque está apaixonada por outro. Pronto, nessa resposta meu coração gelou um pouco, mas outra pergunta trouxe uma resposta para me tranquilizar. Na outra resposta, ele disse que se surpreendeu com o final, porque a pessoa que a Kiera tinha escolhido para ficar com a America não era de fato quem ela escolheria. Basicamente, as respostas da Kiera foram essas e mais uma vez não deixei de deduzir o final.

Vou confessar, quando terminei A Elite, tinha forte conclusão de que Maxon seria o escolhido, mas os problemas eram tão grandes e tão difíceis. Enquanto o primeiro livro tudo dependia de Ameria, no segundo tudo não queria America, menos Maxon. Mas vamos lá, como são os romances? Mocinha e mocinho lutando para ficar juntos, normalmente com um vilão querendo atrapalhar. Vamos pensar a situação de America por um ângulo diferente: temos as dificuldades (o povo não a quer, o rei não a quer), temos o vilão (não é Celeste, é algo bem maior), temos todas as duvidas e altos e baixos, mas também temos os sentimentos dos dois. E agora, parece ou não como muitos romances que já lemos?

E já analisando a situação dos dois, Aspen tem liberdade de se apaixonar por qualquer pessoa, ele é jovem e bonito e America pode ser sua única opção agora, mas no futuro ele terá outras. Já Maxon só tem a America, mesmo a Kris estando aí, mas não é a mesma coisa, porque se America escolher o Aspen, Maxon terá que se conformar com a Kris. Ponto para Maxon novamente!

O último ponto é bem pequeno: se fosse para a America ficar com o Aspen, isso já não teria sido no final de A Elite?

Então, essas são as minhas justificativas, que só foram possíveis lendo Contos da Seleção, sendo assim, se você é fã da trilogia e tem dúvida sobre o livro, só tenho uma pergunta para fazer: está esperando o que para ler?

Vou aproveitar a oportunidade de elogiar o quanto a Seguinte está fazendo um ótimo trabalho galera, porque esperar até Maio já parece uma tortura, mas imagina esperar mais? Para quem ainda não sabe, a Seguinte lançará A Escolha simultaneamente com os EUA e para isso é preciso trabalhar dobrado, para não fazer um trabalho mal feito, o que não foi o caso em A Elite e nem em Contos da Seleção!

Beijos :)