[Resenha] Como Viver Eternamente

Como Viver Eternamente

Páginas: 223
Formato: 14 x 21cm
Preço: R$ 29,90
Onde comprar:
Saraiva
Submarino

Autor: Sally Nicholls
Editora: Geração Editorial
ISBN: 9788561501006
Ano: 2014
Gênero: Sick-lit
Nota: ★★★★★
Sinopse:
Meu nome é Sam. Tenho onze anos. Coleciono histórias e fatos fantásticos. Quando você estiver lendo isso, provavelmente já estarei morto. Sam ama fatos. Ele é curioso sobre óvnis, filmes de terror, fantasmas, ciências e como é beijar uma garota. Como ele tem leucemia, ele quer saber fatos sobre a morte. Sam precisa de respostas das perguntas que ninguém quer responder. ”Como Viver Eternamente”, é o primeiro romance de uma extraordinária e talentosa jovem autora. Engraçado e honesto, este é um livro poderoso e comovente, que você não pode deixar de ler. A autora tem apenas 23 anos e embora seja seu primeiro livro, ele está sendo lançado em 19 países, dirigido a crianças, adolescentes e adultos.

Como Viver Eternamente é um relançamento, seu primeiro lançamento foi em 2008 aqui no Brasil e com o sucesso de livros como A Culpa é das Estrelas, a editora relançou, uma segunda edição com uma nova capa. Ter tal informação em mente é importante para percebermos que a autora escreveu antes da história de John Green e ambas são semelhantes. Os personagens tem câncer em fase terminal. E ambas as histórias retratam o câncer sem apelação melodramática, mas isso não significa que você não irá chorar.

Sam é um garoto de onze anos; normal, curioso, inteligente. Foi diagnosticado com leucemia três vezes. Como existe a possibilidade da leucemia ser curada, e também de retornar mais forte, nas duas primeiras vezes ainda existia a esperança de cura, mas na última vez os médicos reduziram as doses do seu medicamento para deixá-lo vivo, por um tempo. Sam sabe que irá morrer. Mas o que é morrer? Junto com seu amigo Felix, eles vão tentar desvendar esses e tantos outros mistérios.

Eu amei o Sam. É uma criança espirituosa, que nos apegamos facilmente e realmente nos emocionamos os ler sobre os seus desejos, coisas simples que ele quer fazer, como chegar a adolescência, namorar, crescer. E que possivelmente não vai. Também é emocionante sua busca de resposta para entender o que é a morte. Ele sabe que vai morrer, mas o que de fato é morrer? Seu amigo, Felix, também é fácil de gostar e rapidamente estamos adorando duas crianças que todos os dias sobrevivem ao câncer.

A leucemia sempre volta. Eles pensam que já curaram, mas ela volta. Não para todo mundo. Fato: oitenta e cinco por cento das pessoas ficam curadas para sempre. (...) Isso quer dizer a maioria das pessoas. Porém, no meu caso ela sempre volta.

A narrativa de Sally é em primeira pessoa, sob o ponto de Sam. É infantil, mas também madura, é fluida, mas em ou outro momento você trava, porque você precisa chorar. Mas não é uma narrativa apelativa, na verdade é bem leve, o que me lembrou muito de A Culpa é das Estrelas.

Em um ou outro momento eu chorei, me senti tão triste por saber que o Sam ia morrer e fiquei tentando força a minha mente a pensar que era uma ficção, que não estava vendo uma criança morrer, mas não consegui, porque existem mais Sams e Felixs por aí e é frustrante você não poder fazer nada.

Esse é daqueles livros que você lê num dia ruim e percebe o quanto viver, apenas viver, é maravilhoso.

Acho que não deixei dúvidas que adorei o livro e que recomendo para todos. Você que gostou de A Culpa é das Estrelas, para quem não gostou também ou para quem não leu.