[Das páginas à tela] Cinquenta Tons de Cinza

Depois de ser um dos maiores fenômenos editorais da atualidade, a história de Anastasia Steele e Christian Grey arriscou a sorte no cinema. E na verdade nunca foi um risco, todos sabiam que seria um sucesso de bilheteria.

Eu estava super curiosa para ver essa adaptação, principalmente depois da notícia de que o filme não teria tantas cenas de sexo. A minha dúvida era como adaptariam um livro em que mais da metade são descrições de cenas de sexo e no filme darem outro foco. E posso dizer uma coisa conseguiram muito bem.

E se vocês agora questionam se gostei ou não, posso afirmar que o filme fez muita coisa que o livro não: a Anastasia conseguiu ser menos apagada, ser mais sarcástica e deu um bom ar de comédia na trama, seja ela proposital ou não, mas isso não muda a história. Como adaptação, o filme superou minhas expectativas e foi sem sombra de dúvidas melhor que o livro. Mas o problema do filme é o livro.

No filme, temos focagem maior no romance ou no não-romance, sem cenas se sexo muito pesadas. As atuações de Dakota Johnson e Jamie Dornan foram boas. Não percebi nem cortes de cenas importantes do livro nem nada. O problema dele é o texto pobre e sem nexo com a vida real. E ao ver toda essa inverossimilhança nas telas, percebi o quão enorme é o problema e tudo que pude fazer foi rir, encarar o filme como uma comédia romântica erótica.

E quanto a trilha sonora, vi muitas pessoas dizendo que adorou e tudo mais, mas devo confessar que sou do tipo que não repara muito em trilhas sonoras, não até a música ter terminado. Mas foi interessante as adaptações que fizeram especialmente para o filme e encaixou muito bem, porém não é do tipo de canção que colocaria no meu celular.

Se antes, só a leitura do filme, eu já me perguntava como um livro com tantos pontos negativos tinha atingindo um sucesso desse, com o filme a pergunta se torna maior. O que tem em Cinquenta Tons de Cinza que muitos parecem gostar?

Beijos