[Resenha] Sussurros de Uma Garota Apaixonada

Sussurros de Uma Garota Apaixonada


Autora: Mandy Porto
Editora: Underworld
Ano: 2011
Páginas: 240
Formato: 10 x 14 em media

Sinopse:

Sussurros de uma garota apaixonada apresenta Brooke Watson, uma novata na Universidade de Stanford. Brooke não queria saber nada de garotos, apenas queria se concentrar nos estudos e ser uma boa médica no futuro. Danny Garcia entra em sua vida, um garoto arrogante que a maioria das pessoas da Universidade detesta. Ele é morto por um Serial-Killer do campus e Brooke é a única que consegue vê-lo. Eles se detestam, mas deverão trabalhar juntos para descobrir quem é o assassino que está matando meninos no campus da Universidade.

E mais uma vez o amor ultrapassa os limites da morte...


Comentário:

Não é novidade para muitos que Mandy foi uma das escritoras brasileiras mais comentadas ano passado; comentários bons e ruins. Devido a todos esses comentários, fique curiosa e receosa em ler um livro da Mandy. Curiosa para tirar minhas próprias conclusões; receosa em me arrepender de fazer a leitura. Mas, depois de ler Sussurros, eu tenho minha opinião.

Narrado em primeira pessoa, a estória foca em Brooke e intercalando com Danny. E todo mundo está cansado de saber o quanto eu amo isso, pelo simples fato de me sentir conectada a estória e por ficar sabendo de tudo que está acontecendo. E, por sinal, é o tipo de narração que mais tenho visto nos últimos tempos.

Brooke não uma personagem que me agradou no início. Frágil demais, calada demais, sem graça demais e chata demais. Aquele estereótipo de personagem principal que encontramos em muitos livros hoje em dia, para não dizer quase todos que eu li. Nas primeiras páginas pensei: realmente preciso ler livros com essas personagens iguais? Entretanto, no decorrer do livro, comecei a achar a personagem intragável e cheguei a gostar dela, mas nada muito avassalador.

Já o Danny... gostei dele desde a primeira página, literalmente. Marcado uma um história de vida triste, Danny é bonito – típico cara bonitão dos livros –, porém é muito grosso, que procura não gostar realmente de ninguém, para não se machucar outra vez. Depois que ele morre, e a única pessoa que consegue enxergá-lo é a Brooke, ele se aproxima muito dela e sua “mascara de aço” vai se desfazendo aos poucos.

Brooke tem uma colega de quarto que passa a ser sua melhor amiga, Lucy. Divertida, espontânea, louca e estudante de Jornalismo, Lucy é aquela amiga que sempre está no lado de Brooke – menos quando a Brooke não pode/quer que ela esteja. Mas isso pode ser confuso para vocês – e que alegra a leitura no livro. Sem sombras de dúvidas, tirando algumas coisas que não gostei que ela tenha feito, amei a personagem e me divertir bastante com ela. Cheguei a pensar na história se a Lucy estivesse no lugar da Brooke... seria mais inovador e divertido, com certeza, mas a Brooke cumpriu seu papel. Ficou a dica.

No livro existe aquele dilema: quando os dois descobrem que estão apaixonados é insuportável não se tocarem. E realmente e insuportável; tanto mim, leitora, como os personagens em si. Tem momentos que seu coração bate forte achando que irá acontecer e depois ele morre ao perceber que a distância só aumentou.

Existe um mistério no livro com relação a quem matou Danny e, consequentemente, os outros alunos. Todas as vítimas foram homens, estudantes da universidade. Danny não se lembra no começo, mas algumas coisas vão surgindo em sua memória com o passar do tempo. E, obviamente, o assassino é: ...... a pessoa que você mesmos acha que seja. Então leitores (spoiler), quem vocês menos acharem que é o assassino, botem numa listinha e analisem os fatos. Você chegará no assassino lá no meio do livro, possivelmente.

Infelizmente, erros de revisão são encontrados em grande número ao longo do livro. E quando digo muitos, quer dizer MUITOS! Mas isso é por parte da editora que deveria ter feito uma revisão melhor já que os erros são bobos – outros nem tanto – e de fácil identificação.

E a capa e a diagramação? Lindas e fantásticas. A capa é muito bem feita e cai como uma luva no livro. A diagramação tornou a leitura mais divertida, bela e charmosa.

Mas, verdadeiramente, o que achei do livro? Muito bom. Uma narrativa criativa, uma história não muito inovadora mas que consegue lhe surpreender. Com certeza, Mandy não foi estupendamente perfeita, mas tem um potencial que dá para ser lapidado, com o passar do tempo teremos livros extremamente bons por parte dela, pelo menos é no acredito.

Nota de 1 a 5:


3,5

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By: Cris Sanlim