[Resenha] Lola e o Garoto da Casa ao Lado

Lola e o Garoto da Casa ao Lado

Formato: 14x21 cm
Nº de páginas: 288
Preço: R$29,50
Onde comprar:
Saraiva
Cultura

Autor: Stephanie Perkins
Editora: Novo Conceito
ISBN: 9788581630533
Ano: 2012
Gênero: Jovem-adulto
Nota: ★★★★☆
Sinopse:
A designer-revelação Lola Nolan não acredita em moda... ela acredita em trajes. Quanto mais expressiva for a roupa — mais brilhante, mais divertida, mais selvagem — melhor. Mas apesar de o estilo de Lola ser ultrajante, ela é uma filha e amiga dedicada com grandes planos para o futuro. E tudo está muito perfeito (até mesmo com seu namorado roqueiro gostoso) até os gêmeos Bell, Calliope e Cricket, voltarem ao seu bairro.
Quando Cricket — um inventor habilidoso — sai da sombra de sua irmã gêmea e volta para a vida de Lola, ela finalmente precisa conciliar uma vida de sentimentos pelo garoto da porta ao lado.

Ano passado li Anna e o Beijo Francês e me apaixonei pela história, então não via a hora de ler mais alguma coisa da Stephanie Perkins. Muitas pessoas também não viam a hora de ler Lola e o Garoto da Casa ao Lado, principalmente por saberem que Anna e St. Clair fariam umas participações, obviamente como personagens em segundo plano. Então, preciso acrescentar que corri assim que o livro chegou e li em um dia e meio? Não, certamente.

Lola é uma apaixonada por moda, por criar roupas e ser várias personagens. Ela gosta de brilhos, coisas espalhafatosas e perucas coloridas. Apesar do seu gosto excêntrico, Lola é uma garota normal, que namora um bad boy mais velho, do qual os pais não aprovam. Sua vida está bem - pelo menos razoavelmente bem, já que seus pais não aprovam seu namorado mais velho e bad boy -, até que os vizinhos Bell retornam para casa ao lado. E o retorno dos gêmeos Bell trás de volta lembranças e sentimentos que deveriam ficar no passado.

A primeira coisa pela qual me apaixonei foi a narração da Perkins, que é fluída, divertida e jovem. Eu toparia ler até a lista do supermercado dela, porque com certeza deve ser divertida de se ler. Além da maravilhosa narração, a autora criou uma história tocante, surpreendente, mas que me frustrou um pouco.

Adorei Lola e gostaria profundamente de conhecer uma pessoa tão diferente e normal quanto ela. Sim, é um paradoxo, mas ela consegue essa proeza de ser tão normal e tão diferente ao mesmo tempo. Durante toda a leitura me perguntei como seria ser Lola e me vestir de formas tão diferentes e coloridas e espalhafatosas. No fim das costas, isso não é muito do meu estilo, então nada de dar uma Lola e tudo mais.

Os pais de Lola são homossexuais, um casal homossexual, e isso foi surpreendente, não que seja um absurdo ou coisa do tipo, mas a autora tratou disso de forma madura e do jeito que imagino que seria na realidade. Algumas pessoas podem pensar nele como um casal liberalista, apoiando as loucuras adolescentes da Lola ou até sendo imorais. É triste, mas algumas pessoas tendem a ter pensamentos desse tipo. Mas eles não são assim, muito pelo contrário. Se imaginem tendo dois pais que lhes amem muito e que sejam rigorosos, na medida do aceitável, claro. Imaginaram? Então, é isso aí.

Max é o namorado bad boy que tem 22 anos, se não me engano. Pode ser por causa da minha paixão por personagens bad boys, mas eu gostei de Max, sério mesmo. Ele é um cara real, normal e em alguns momentos ele era legal. Gostaria muito que a autora escreve um conto sobre ele.

E, claro, só não gostei mais do Mak por causa do Cricket (que nome!). Ele não é St. Clair (ele é bem alto), mas foi um mocinho incrível e adorável. Assim como Lola, ele não é um cara comum, porque é um inventor incrível, com uma mente e sensibilidade tocável. Me apaixonei um pouco por ele. rs

Então, no geral gostei bastante da trama, dos personagens da narração, das aparições de Anna e St. Clair, mas uma coisa me frustrou como no seu primeiro livro: as coisas demoram e demoram para acontecer, coisas essas como - único, na verdade – o romance. Agrrr, meu Deus, quase fiquei maluca. Pensem em algo do tipo: Lola, sua boba, vai logo! E, quando finalmente acontece, o livro acaba. Torturante, eu sei.

Apesar da minha frustração, vale apena ler, indico para todas as idades e se preparem para amar os personagens também.
Beijos :)